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O termo “graus de autismo” faz parte do processo de diagnóstico de muitas famílias no momento em que estão investigando ou efetivamente descobrem que alguém apresenta um grau de autismo leve, moderado ou severo.
No entanto, apesar de ser uma maneira encontrada por profissionais para simplificar, o correto é dizer que pessoas no espectro do autismo apresentam diferentes níveis de suporte, conforme os critérios definidos por manuais diagnósticos, pois o foco está em quanto as pessoas necessitam de suporte, e menos sobre um julgamento ao nível de desenvolvimento.
Ao longo dos anos, documentos como o DSM (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), da Associação Americana de Psiquiatria, e a CID (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde) sofreram diversas alterações, incluindo nas palavras e termos usados para diagnosticar uma pessoa autista. Alguns deles foram:
- Autismo infantil;
- Síndrome de Asperger;
- Transtorno Desintegrativo da Infância;
- Transtorno Invasivo do Desenvolvimento Sem Definição Específica.
Usados no passado, esses termos foram substituídos, e hoje o diagnóstico de autismo é traçado conforme o nível de gravidade — ou de necessidade de suporte — que cada indivíduo demanda, sendo:
- Nível 1: requer apoio;
- Nível 2: requer apoio substancial;
- Nível 3: requer apoio muito substancial.
Neste texto, vamos entender porque não falar sobre graus de autismo, assim como detalhar sobre os níveis de suporte e entender qual o papel da família no processo de desenvolvimento da pessoa no espectro.
O que são os “graus de autismo”? Uma reflexão sobre o termo
Muitas pessoas falam sobre graus de autismo, apesar de popular, esse termo reforça estigmas e não reflete verdadeiramente a condição do transtorno do espectro autista. Isso ocorre porque:
- Quando falamos de graus de autismo, estamos focando na pessoa em si e não no ambiente. Quase como se tivesse um autista mais grave ou mais leve, o que é errado. O que existe são autistas, que durante suas vidas necessitam de diferentes níveis de suporte para viver o dia a dia.
- Falar em graus de autismo é reforçar estigmas: quase como se tivesse uma forma correta de existir e que há modos mais próximos e mais distantes dessa normalidade. O que não está certo, pois existe uma multiplicidade de formas de existir, nenhuma certa ou errada.
- Falar em graus de autismo é invisibilizar necessidades: Pois sugere que tenha um autismo mais leve e um mais grave, e os autistas categorizados em mais leve, muitas vezes acabam tendo suas necessidades invisibilizadas.
- Reduz as pessoas e desconsidera a individualidade: O autismo é uma condição de grande variabilidade, multiplicidade, em que cada um é único. Categorizar o grau de autismo, é reduzir essa multiplicidade.
Com isso, é mais adequado dizer: níveis de suporte de autismo, pois dessa forma o foco está em que tipo de suporte que aquela pessoa necessita naquele momento da vida, para ser quem se é vivendo o dia a dia da forma mais independente possível.
O que são os níveis de suporte no TEA?
Como explicado anteriormente, os “graus de autismo 1, 2 ou 3” são uma forma que a comunidade médica e profissionais da saúde utilizam para descrever de forma mais simplificada o diagnóstico para as famílias.
Assim, terminologias como “autista leve, autista moderado e autista severo”, embora hoje tenham caído em desuso e sejam questionadas e criticadas por muitos especialistas em TEA e ativistas da causa do autismo, acabam ainda sendo bastante usadas.
A ideia principal é que, explicando desta forma, familiares e profissionais saibam qual o nível de suporte que aquela pessoa necessita naquele momento da vida dela
Assim, digamos que:
- Nível 1 (autismo leve): Pessoas com esse nível de suporte costumam apresentar desafios para iniciar interações sociais e podem demonstrar menor interesse por vínculos interpessoais, a depender do contexto. A inflexibilidade comportamental pode trazer dificuldades em situações que exigem adaptação ou mudança de rotina. Em geral, utilizam a linguagem oral de forma funcional, com pequenas variações no uso social da comunicação.
- Nível 2 (autismo moderado): Neste nível, os desafios na comunicação verbal e não verbal tendem a ser mais evidentes, afetando a fluidez das interações sociais. As habilidades sociais podem ser mais restritas, e os padrões de comportamento mais rígidos, o que pode gerar desconforto ou resistência diante de mudanças. A linguagem funcional pode estar em desenvolvimento ou ser usada de maneira limitada.
- Nível 3 (autismo severo): Pessoas que necessitam de suporte muito substancial geralmente se expressam de maneiras diversas da fala oral e vivenciam o cotidiano com necessidades mais amplas de apoio, tanto nas interações sociais quanto na organização das rotinas.
Agora, qual a importância de diagnosticar uma pessoa com autismo e especificar os níveis de suporte dessa pessoa? Segundo Alice Tufolo, conselheira clínica da Genial Care:
“O diagnóstico é relevante, pois direciona o cuidado de forma mais adequada para aquela pessoa, garantindo que ela receba o nível de suporte adequado para ela. Além disso, facilita o acesso a direitos e serviços, já que temos muitos direitos de pessoas autistas que só são garantidos através do diagnóstico”.
Um dos direitos de uma criança autista é receber o suporte adequado no ambiente escolar, por exemplo, quanto a isso, Alice diz:
“O diagnóstico, quando inclui a especificação do nível de suporte necessário, pode ser uma ferramenta importante para a escola compreender melhor as necessidades da criança. Isso não significa reduzir o aluno a um rótulo, mas sim oferecer uma referência inicial sobre o tipo e a intensidade de apoio que podem ser fundamentais para sua participação plena nas atividades escolares.”
“Níveis de autismo” é uma forma correta de classificar?
Não falamos sobre níveis de autismo, assim como não falamos sobre graus de autismo, falamos sobre níveis de suporte. Os níveis de suporte se referem ao suporte que a pessoa está necessitando naquele momento da vida dela.
“Parece algo sutil essa diferença entre falar em níveis de autismo e falar em níveis de suporte, mas essa escolha faz toda a diferença. É, inclusive, uma das formas concretas de evitar uma postura capacitista.”, comenta Alice Tufolo.
Ao falar de ‘níveis de autismo’, estamos adotando uma lógica classificatória, como se tivesse uma forma melhor ou pior de ser. Isso não somente simplifica a complexidade da experiência autista, como reforça estigmas, invisibiliza subjetividades e contribui para exclusões sutis e silenciosas.
Alice traz a perspectiva do quanto os níveis de suporte desloca o olhar quanto às características das pessoas serem um problema, para o que a pessoa necessita para viver com dignidade e autonomia.
“Essa mudança reconhece que os desafios não estão na pessoa, mas também nas barreiras do ambiente e estrutura social. Falar em níveis de suporte é, portanto, uma forma de afirmar o direito ao cuidado, ao acesso e à adaptação, de forma que a gente não classifique ou compare formas de existir. É um modo de dizer: não é a pessoa que está em falta; é o mundo que precisa aprender a escutar e sustentar suas diferenças.”
Graus de autismo: a explicação de um autista sobre os níveis de necessidade e suporte
Outra visão sobre o uso de termos como “graus de autismo” e até níveis de autismo se refere ao preconceito que autistas ditos “leves” vivenciam no dia a dia. Willian Chimura, diagnosticado com Síndrome de Asperger — categoria existente no DMS IV, porém não mais presente no DSM V — aos 23 anos, explica sua visão.
“Existem pessoas que, ao me verem e ao verem outros autistas, os ditos leves, questionam a condição e até falam frases do tipo: ‘Ah, você é autista, mas o seu autismo é leve, né? Ah, é levíssimo, né?’. De forma a retirar o peso da condição, literalmente. Invalidam a condição da pessoa, que, é claro, na visão capacitista de quem disse, pode até ter sido no sentido de elogiar. Algo do tipo: ‘Ah, você é autista, mas nossa, fica tranquilo, nem dá pra perceber’.”
“Mas, na verdade, quem ouve essa mensagem pode se sentir invalidado, pode se sentir mal, porque há muitos autistas ativistas, principalmente criadores de conteúdo, que propagam outra ideia sobre autismo, que gostam, que entendem o autismo como parte integrante do seu ser.”
“Então, nesse sentido, alguns autistas propagam essa ideia de que tudo é autismo e autista é autista e ponto, rejeitando qualquer subcategorização. Não querem ser discriminados entre leve, moderado ou severo, pois a sensação de ser ‘menos autista’ que as outras pessoas podem ser desagradáveis. Mesmo porque a gente sabe que existe uma dificuldade, em geral, para autistas leves terem suas necessidades de apoio legitimadas.”
Ele ainda reforça que essa atribuição de graus pode prejudicar autistas, inclusive na busca por direitos. Isso porque, historicamente, há situações nas quais autistas de nível 1 não conseguem garantir seus direitos em algumas frentes, como nas vacinas e na negligência de suporte na escola, por exemplo.
Apesar disso, Willian reconhece que a classificação do autismo em graus tem seu valor no que diz respeito ao entendimento das pessoas. “Existe uma utilidade em categorizar manifestações do autismo de alguma forma. Tem sido útil para que as pessoas consigam, superficialmente, entender de qual nível de suporte determinado indivíduo precisará ao usar a ideia de ‘graus’”, afirma.
O termo “autismo leve” e as necessidades menosprezadas
O fato de ser um autista com menos necessidade de suporte em alguns aspectos, como a comunicação verbal, também fez com que Willian tenha passado mais de duas décadas sem procurar por um diagnóstico. Sobre o passado, ele se recorda de que sente que suas necessidades foram menosprezadas ao longo de toda a vida.
“Desde a infância, principalmente por conta de aparentar ser uma criança mais inteligente do que a maioria, já havia esse pressuposto de que: ‘Ah, William é inteligente, então ele vai bem nas coisas, em geral, né? Ah, e se ele não quiser fazer, é frescura’. Enfim, eu não teria razão para demandar a necessidade de apoio que eu precisava.”
Todo esse contexto fez com que ele mesmo se invalidasse. “Cheguei a um ponto de condicionamento da minha vida em que eu acreditava que eu era o problema. Que eu tinha peculiaridades que ninguém mais tinha. Então, minhas necessidades peculiares foram menosprezadas ao longo da vida, tanto que fui condicionado a acreditar que eu realmente não tinha legitimidade para demandar algum tipo de apoio quando eu precisava”, conta.
Além disso, ele reforça que, mesmo hoje, com um diagnóstico e um nível de autismo que exige pouco suporte em alguns aspectos, atividades que podem ser comuns para neurotípicos são bem difíceis para ele, e ainda assim são menosprezadas.
“Encontrar rotas para navegar entre vias, pegar um ônibus, usar o sistema público de transporte, coisas desse tipo costumam ser atividades bem difíceis pra mim. Sinto que as pessoas, geralmente, não conseguem entender facilmente o quão difícil isso pode ser pra mim. Muitas vezes é desgastante, custoso da minha parte, porque justamente existe, sim, essa parte das pessoas invalidar ou menosprezar as necessidades dos autistas ditos ‘leves’”, conclui.
Como entender ajudar pessoas nos diferentes níveis de necessidade e suporte
Atualmente, especialistas não consideram o diagnóstico de autismo como uma barreira ou limitação. Por isso, independentemente do nível de suporte, o importante é que as famílias encarem as pessoas com autismo como seres de possibilidades.
“Pessoas com autismo são seres humanos variados e fluidos. O que elas precisam são tipos de suporte diferentes para as diversas habilidades que executam. Essa noção enrijecida e determinista de que é um ou outro é incorreta. É uma noção importante para os pais desenvolverem.”, comenta Will.
Sem se preocupar tanto com o nível de suporte e até mesmo sem esperar pelo diagnóstico, os pais devem investir em terapias com práticas baseadas em evidências científicas para apoiar o desenvolvimento dos filhos. Além disso, fazer parte desse processo e promover a estimulação dentro de casa também é essencial para alcançar resultados mais eficazes.
Conclusão
Como vimos, o diagnóstico de autismo evoluiu consideravelmente ao longo do tempo, passando de termos genéricos e, por vezes, estigmatizantes para uma classificação baseada em níveis de suporte .
Essa mudança reflete a compreensão de que o autismo é um espectro vasto e complexo, no qual cada indivíduo apresenta necessidades e habilidades únicas.
É fundamental que profissionais e familiares compreendam que a categorização é sobre o nível de suporte que a pessoa necessita e não sobre o nível ou grau dela como pessoa.
A experiência de autistas como Willian Chimura nos mostra o impacto negativo da invalidação, especialmente para aqueles considerados “leves”, cujas necessidades podem ser negligenciadas.
Portanto, mais do que focar em rótulos, o essencial é priorizar o apoio individualizado e a promoção da autonomia. Independentemente do nível de suporte, cada pessoa no espectro autista é um ser humano com múltiplas possibilidades.
O investimento em terapias baseadas em evidências e o engajamento familiar são cruciais para que essas pessoas alcancem seu pleno desenvolvimento e desfrutem de uma vida com qualidade e bem-estar.
Modelos que combinam ciência com treinamento de pais, como os promovidos pela Genial Care, buscam a independência e o desenvolvimento da criança no espectro do autismo, mas também incentivam a qualidade de vida e o bem-estar de toda a família.
Comece agora essa jornada com a Genial Care:
13 respostas para “O que são graus de autismo? Entenda sobre os níveis de necessidade e suporte no TEA”
Olá!
Meu nome é Rodnei e tenho 56 anos de idade.
Depois dos 10 anos de idade, eu comecei a perceber que havia algo de errado comigo… para resumir, varios dos sintomas do TEA se apresentavam . Mas, como a época não havia a popularidade atual dos temas relacionados aos espectros gerais e, eu era só uma criança que percebia ser diferente, mas não sabia do que se tratava, vim até aqui na vida aos trancos e barrancos… ainda não pude ser diagnosticado… acredito por observação, que meus irmãos e irmãs e muitos componentes da minha família também são portadores de transtornos mentais em graus leves e moderados… isso nos prejudicou muito por sermos muitos (só os irmãos e irmãs são 11) e convivermos por muito tempo sem sabermos dessa condição… muito descontrole nas relações entre nós e muitos conflitos particulares e comuns… hoje, minha filha de 29 anos esta para passar pelo processo para diagnosticar sua condição de ser ou não portadora de TEA… foi e é ainda muito triste nao ter tido a chance de diagnosticar essa condição possivel para ela e para mim e para meus irmãos a tempo de evitar tantos atrazos em nossas vidas de forma geral… acredito que se soubéssemos do que se tratava a tempo, teríamos progredido melhor em nossas vidas… ainda assim, agradeço a Deus por estar tendo a oportunidade de oferecer, ao menos a minha filha, a condição de diagnóstico mesmo que tardio de sua condição… pois acredito que sabendo ser positivo, ao menos vai explicar muitas situações negativas do passado causadas pelo transtorno e ainda, dar o melhor tratamento possível para que ela venha a ter uma melhora na sua qualidade de vida!!! Obrigado
Olá, Rodnei. Como vai? Esperamos que muito bem;
Agradecemos imensamente por compartilhar sua história conosco. É realmente tocante e compreensível a dor de não ter tido acesso a informações e diagnósticos que poderiam ter feito uma diferença tão grande em sua vida e na de sua família.
É inspirador ver sua dedicação em buscar o diagnóstico para sua filha, mesmo após tantas dificuldades. Essa atitude já é um passo enorme para que ela tenha uma vida com mais compreensão e apoio.
Saber é o primeiro passo para o cuidado, e desejamos que ela encontre as respostas e o suporte necessário para ter uma vida plena. Sua jornada, mesmo com os “trancos e barrancos”, é um testemunho de força e resiliência.
Se precisar de mais alguma coisa ou quiser compartilhar mais, estamos aqui.
Abraços.
Boa tarde a minha filha tem um leve autismo .mas também sofre de ansiedade ela anda a ser seguida mas ela tem medo de que isso possa ser um obstáculo para a vida dela
Olá, Fernanda. Como vai? Esperamos que muito bem.
Entendemos perfeitamente a sua preocupação como mãe. É muito comum que pessoas com autismo também apresentem ansiedade, e é natural que sua filha se preocupe com o impacto disso em sua vida. Com o apoio certo, ela pode desenvolver estratégias para manejar a ansiedade e utilizar seus pontos fortes relacionados ao autismo para alcançar seus objetivos e ter uma vida plena e feliz.
Esperamos ter ajudado.
Abraços para vocês.
[…] CID-11 também classifica o autismo em níveis de suporte (leve, moderado e intenso), e não em “graus de autismo”, como se costumava dizer. Isso porque o foco atual não está em classificar a “gravidade” […]
Minha filha tem 13 anos desde 5 anos faz tratamento psicológico,mais só agora recebeu o diagnóstico de TEA, TDah e ansiedade,ela já fazia uso de antidepressivo por conta da ansiedade causou depressão crônica com ideação ao 9 anos de idade,agora com diagnóstico certo está iniciando as medicações e as terapias corretas,mais não entendo porque demorou tanto,fui em 4 médicos diferentes e tive vários diagnóstico diferente apenas a depressão era unânime,agora ela trata com psiquiatra e neurologista,faz terapia se já percebo diferença nela.
Olá, Juliana. Como vai? Esperamos que muito bem.
Compreendemos sua frustração e alívio ao obter finalmente o diagnóstico correto para sua filha. É comum que o diagnóstico de TEA, TDAH e ansiedade seja um processo complexo, especialmente em meninas, que apresentam muitas vezes sintomas diferentes dos meninos e podem ser diagnosticadas tardiamente.
Lembre-se: sua filha é única e tem direito de alcançar o máximo potencial.
Abraço.
Olá, Prezados!
Existe TEA provocado por situações ou meio social?
Olá, Sueli. Como vai? Esperamos que muito bem.
Sueli, o Transtorno do espectro autista não tem nenhuma conexão com o meio social onde a pessoa vive. A pessoa nasce com TEA.
Abraço.
Acredito que tenho TOC…esse transtorno faz parte do TEA? Se for TOC, preciso de acompanhamento profissional?
Oi Sara, primeiro obrigada por enviar seu comentário. Apesar dos comportamentos restritivos e repetitivos fazerem parte das características do autismo, o TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo) não faz parte direta do diagnóstico. O que acontece é que algumas pessoas autistas podem apresentar o TOC como uma comorbidade, isso porque cerca de 17% das pessoas no espectro também podem ter TOC.
É muito importante que você encontre um profissional que confie para avaliar melhor essa possibilidade e entender um possível diagnóstico, bem como realizar intervenções de psicoterapia que podem ajudar você a ter uma relação mais saudável com esses comportamentos.
Eu acredito que tenho TOC…esse transtorno faz parte do TEA? TOC precisa de acompanhamento profissional? Tenho 61 anos de idade…moro em Brasília Df…amo rock roll
Oi Sara, primeiro obrigada por enviar seu comentário. Apesar dos comportamentos restritivos e repetitivos fazerem parte das características do autismo, o TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo) não faz parte direta do diagnóstico. O que acontece é que algumas pessoas autistas podem apresentar o TOC como uma comorbidade, isso porque cerca de 17% das pessoas no espectro também podem ter TOC.
É muito importante que você encontre um profissional que confie para avaliar melhor essa possibilidade e entender um possível diagnóstico, bem como realizar intervenções de psicoterapia que podem ajudar você a ter uma relação mais saudável com esses comportamentos.